A vez da
magrela.
Em
tempos de sustentabilidade e saturação de veículos motorizados, a biclicleta
ganha cada vez mais adeptos ao redor do mundo. Em algumas cidades, ela
representa o principal meio de transporte – e um meio atrativo sobre o qual os
visitantes podem conhecer destinos. Levamos você para rodar por 10 cidades mais
do que amigáveis das magrelas, onde o seu uso não é apenas amplamente adotado,
como incentivado por medidas criativas para que elas nunca deixem de circular.
Shutterstock
1.
MONTREAL, CANADÁ – Montreal faz jus à fama de ser ‘bike-friendly’: o governo da
cidade investiu 134 milhões de dólares
canadenses na reforma da
pavimentação de ciclovias para manter viva e funcionando uma prática
há muito difundida entre a população.
Christian
Haugen/ Flickr
1. MONTREAL,
CANADÁ – A cidade se gaba por possuir 480 km de
ciclovias, que já estão na mira para um plano de expansão. Outro grande
trunfo de Montreal é o Bixi Bikesharing System (montreal.bixi.com), um sistema
com 410 estações de bicicletas espalhadas pela cidade para você se ‘servir’ de
uma e rodar por lá. Para devolvê-la, basta encontrar uma estação. O valor do
aluguel é simbólico e é possível pagar uma taxa anual (80 dólares canadenses),
que dá direito a viagens diárias ilimitadas, desde que cada uma seja de até 45
minutos. Para estender esse período, basta pagar uma taxa adicional.
2.
PORTLAND, E.U.A – Portland sabe como recompensar seus ciclistas: a rede de
ciclofaixas sempre movimentadas recobre a cidade e termina em belos parques e
lagos, onde é possível relaxar do passeio. Você pode alugar uma bicicleta por
US$ 20 para metade do dia em um dos postos da cooperativa Citybikes
(citybikes.coop). São quase 500 km reservados para o
ciclismo, que corresponde a 9% do transporte da cidade.
Car Free Days/ Flickr
2.
PORTLAND, E.U.A – Uma iniciativa do governo que ainda está em andamento
pretende estabelecer o sistema de bike share, em que os usuários pagam
anuidades que variam entre US$ 50 e US$ 85 para usar as bicicletas.
3. BARCELONA,
ESPANHA – Assim como o sistema de bike sharing de Montreal, Barcelona também
disponibiliza, pelo menos, 100 estações para retirada e devolução de
bicicletas, basta ter o cartão do serviço, que o usuário pode obter através do
site do programa, chamado Bicing (bicing.com). O governo construiu um‘cinturão
verde’em torno da área metropolitana da cidade só com ciclofaixas.
3.
BARCELONA, ESPANHA – Outras iniciativas como estacionamentos subterrâneos para
a prevenção de roubos estão sendo estudadas e, enquanto elas não saem do papel,
o ciclista pode contar com 3.250 pontos espalhados pela cidade para estacionar
sua magrela. Outra iniciativa que funciona a pleno vapor em Barcelona são os
eventos e as atividades em torno do assunto, como a Semana da Bicicleta, que
mistura lazer e palestras na campanha pela adesão do transporte mais
sustentável – e saudável – que existe.
K Paulinka/ Flickr
4.
AMSTERDÃ, HOLANDA – São os ciclistas que
ditam as regras nas ruas de Amsterdã, que ostenta, merecidamente, o
título da cidade mais amigável de bicicletas do mundo – e a mais bonita para se
conhecer sobre duas rodas também. Toda rota tem um cenário fascinante, pontuada
de casas de arquitetura típica europeia e cafés charmosos. As bicicletas são responsáveis por 40% dos transportes usados na
cidade. Na estação central foi
construído um estacionamento (na foto) para 7 mil magrelas para quem vai de
bike até a estação. Se você não quiser se arriscar em uma rota sozinho, procure
pelo serviço de guias, como o Mikes’ Bike Tour (mikesbiketoursamsterdam.com).
Pano Philou/ Flickr
5.
BERLIM, ALEMANHA – Surpreenda-se: menos da metade da população de Berlim possui
carro próprio. Nada menos do que 13% de todo tráfego das ruas da capital alemã
é composto por ciclistas, que totalizam 500 mil. Em um sistema organizado, as
ciclovias têm espaço delimitado nas ruas e amplas calçadas da cidade. Além
disso, quem decide sair de casa sobre duas rodas não corre o risco de se
perder. O site BBBike (bbbike.de) traça a melhor rota de um lugar para outro,
basta preencher o endereço de destino e o de chegada.
Hannu Makarainen/ Flickr
6.
COPENHAGUE, DINAMARCA – A cidade de Copenhague investe altas quantias para
melhorar a infraestrutura de ciclovias, que têm seu próprio sistema de
sinalização. Todo habitante tem uma bicicleta e mais de 30% dos trabalhadores
usa a magrela como meio de transporte. No bairro alternativo e autônomo de
Christiania não entram carros, enquanto em outros locais, como no centro da
cidade, é cobrada uma taxa de € 1,40 por hora para estacionar na rua. Sendo
assim, andar de bicicleta passou a ser visto como uma forma de economizar.
Loozrboy/ Flickr
6.
COPENHAGUE, DINAMARCA – Postos de empréstimos da magrela estão espalhados pela
região central da cidade, que reembolsam no ato da devolução o crédito de €
2,70 depositado na retirada. Na foto, um estacionamento divertido com
capacidade para três bicicletas.
Mikael Colville Andersen/ Flickr
7.
TRONDHEIM, NORUEGA – Você já imaginou um elevador para bicicletas? Pois em
Trondheim, na Noruega, ele não só existe (trampe.no/english), como evita que os
ciclistas cheguem suados ao trabalho. Instalado em ladeiras, o sistema permite
que o usuário não precise descer da bicicleta, basta apoiar o pé sobre um
suporte preso a um cabo, que empurra o ciclista montado até a parte mais alta
da rua.
Neofob/ Flickr
7.
TRONDHEIM, NORUEGA – Além do elevador, outras iniciativas como o aluguel de
bicicletas, faz de Trondheim uma cidade referência quando o assunto é
transporte sustentável. A meta do governo ali é aumentar o número de ciclistas
em 8% até 2015.
Christian Haugen/ Flickr
8.
DAVIS, CALIFÓRNIA. E.U.A. – O logo dessa pequena cidade de 65 mil habitantes é
uma bicicleta. Para completar, por ali circulam mais magrelas do que veículos
motorizados – incluindo as das crianças que usam bikes para ir à escola. Davis
foi uma das primeiras cidades nos Estados Unidos a incorporar a bicicleta no
sistema de tráfego da cidade e dispõe de túneis para os ciclistas não
precisarem desviar de suas rotas. E para coroar todas as iniciativas
anteriores, a prefeitura planeja construir um museu dedicado apenas à
bicicleta, que se tornou símbolo de transporte saudável, tanto para o corpo
como para o planeta.
Shazari/ Flickr
9.
BEIJING, CHINA – A necessidade criou uma boa ocasião para a capital chinesa se
tornar mais sustentável: o congestionamento intenso. Como alternativa, os
chineses de Beijing passaram a adotar a bicicleta para se locomover sem atrasos
ou estresse. Embora a convivência com os veículos motorizados não seja ainda de
todo pacífica – o que se torna ainda mais visível pelo alto índice de acidentes
envolvendo motoristas e ciclistas – Beijing conta com uma estrutura consistente
de ciclovias e oficinas para pequenos reparos na magrela, além de ser plana e
ter fama de comercializar bikes a preços imbatíveis.
Gefafwisp/ Flickr
9.
BEIJING, CHINA – Uma das diversas oficinas espalhadas pelo centro da capital
chinesa.
Watchsmart/ Flickr
10.
BOGOTÁ, COLÔMBIA – Para representar os países da América do Sul entre as
cidades ‘bike-friendly’, escolhemos Bogotá. Pioneira na iniciativa de
interditar vias trafegadas por carros um dia por semana em favor do ciclismo,
de caminhadas e de outros esportes – modelo que foi seguido por São Paulo ao
fechar o popular ‘Minhocão’ aos domingos –, a capital colombiana conta com 300 km de ciclovias, que ligam o centro aos bairros
do subúrbio em três circuitos diferentes. Desde a construção das ciclovias, o
número de ciclistas aumentou em cinco vezes.
Velaia Parispeking/ Flickr
Materia retirada do site: http://viagem.br.msn.com/a-vez-da-magrela-1
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